Ideologia de Gênero: a mais terrível inimiga da família

No dia 17 p.p., foi aprovada, pela Comissão de Direitos Humanos, e segue para a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor, uma proposta (PLS 332/2015) para modificar o Código de Defesa do Consumidor tendo em vista – segundo o documento – o combate à “discriminação  de gênero”.[1]
O texto da proposta “classifica como abusiva toda publicidade que incite a discriminação baseada no gênero, e proíbe o reforço de estereótipos de gênero na exposição de produtos ou serviços para crianças e adolescentes”, segundo o site do Senado Federal.

Como não poderia deixar de ser, o projeto é da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) (foto ao lado) e teve o apoio de outros partidos de esquerda. Por detrás dessa ideologia está sempre o dedo do comunismo.
A senadora defende, sem bases científicas, “que o combate à discriminação de gênero nas relações comerciais é especialmente importante na oferta de produtos e serviços destinados ao público infanto-juvenil.”
O aprendizado dessas práticas começa muito cedo, de modo até inconsciente, é repetido de maneira supostamente inofensiva e contribui para diminuir os horizontes a serem alcançados por meninos e meninas. Brinquedos são para divertir, estimular, despertar interesses. Não se deve restringir quais deles estarão ao alcance“, argumenta a senadora na justificativa do projeto.
A senadora Vanessa cita, como exemplo, a associação de brinquedos específicos a meninos ou meninas.

A ditadura da ideologia de gênero


Bonecas criadas pela artista francesa Laurence Ruet

Mediante uma legislação draconiana e absurda, as indústrias de brinquedos terão que fazer propaganda de seus produtos dentro da perspectiva obtusa da ideologia de gênero. Não poderão dizer que os brinquedos se destinam para meninos ou para meninos. Bonecas, por exemplo, é um brinquedo típico para meninas. Contudo, fica proibido fazer propaganda desse brinquedo indicando-o para meninas. As lojas de brinquedos não poderão ter secções de brinquedos separadas para meninos e para meninas. Se o fizerem, serão multadas por discriminação.
Assim, quer-se impor a ideia de que a criança nasce com sexo neutro, ou até mesmo, que a homossexualidade é inata. Neste sentido, segundo essa teoria, o ambiente em que as crianças crescem pode ter um papel importante na escolha do que eles chamam “gênero”.
Já dissemos anteriormente, neste site, que a palavra “gênero” tem um sentido talismânico quando se refere a sexo. Os seres vivos têm sexo, e não gênero. A palavra gênero serve para classificar palavras e não sexo. Existem palavras do gênero feminino e do gênero masculino. Os homens e os animais são do sexo masculino ou feminino.

A homossexualidade se produz, não é inata

O Dr. Jokinn de Irala (foto ao lado), mestre em saúde pública e especializado em afetividade e sexualidade humana da Universidade de Navarra, Espanha, desmascara a ideia de que a homossexualidade é inata. Assim, ele afirma:
“Como cientista, diria que a homossexualidade se produz, não é inata, decididamente. Deve-se dizer que, de fato, não existe nenhuma evidência científica que apoie a teoria genética da homossexualidade ou que ela possa ser inata. Os especialistas em homossexualidade que trabalham em associações científicas como a NARTH nos EUA (Associação Nacional de Investigação e Terapia da Homossexualidade) afirmam que se trata de um desenvolvimento inadequado da identidade sexual. Por isso, deveríamos pelo menos aceitar que o debate científico sobre este tema possa continuar existindo.”[2]
Ainda segundo o Dr. Irala, “esta ideia de que uma pessoa nasce homossexual tem a sua origem nos anos 70, quando os ativistas da homossexualidade nos EUA fizeram muito lobby para que a APA, que é a Associação Americana de Psiquiatras, excluísse o tema do manual de classificação de doenças. Assim, realizaram uma votação da qual participaram 25% dos membros e cujo resultado foi de 69% favoráveis à exclusão da homossexualidade dessa lista. Que eu saiba, este é o único caso na medicina em que foi decidido se algo é uma doença ou não por meio de uma simples votação de quem assiste a uma reunião. É como se na sociedade espanhola de endocrinologia fosse realizada uma votação para decidir, a favor ou contra, se a obesidade é um problema de saúde. Isto não tem precedentesO que precisa ser feito é analisar o problema com estudos científicos”.

Consentir na mudança de sexo é mais fácil do que atravessar a rua

Recentemente, a Academia Americana de Pediatria (AAP) publicou um trecho, em seu AAP Daily Briefing, de um estudo no Journal of Experimental Psychology. O estudo relatou que as crianças com menos de 14 anos não são cognitivamente capazes de atravessar uma rua movimentada “porque as crianças não têm o julgamento perceptual e habilidades físicas necessárias para atravessar de forma consistente com segurança“. Esta mesma Academia se contradiz quando alega que “as crianças nesta idade (14 anos), ou mais jovens, são capazes de decidir que eles são do sexo errado e que são cognitivamente competentes para consentir no uso de bloqueadores da puberdade, hormônios sexuais tóxicos e cirurgia de mutilação de sexo.”[3]
Já a Dra. Michelle A. Cretella (foto ao lado)Presidente da American College of Pediatricians, discorda dessa afirmação. Ela diz que  “crianças não são miniaturas de adultos. Todo o mundo sabe disso. Nosso estudo, The Teenage Brain: Under Construction, documenta as limitações cognitivas dos adolescentes que comprometem sua capacidade de fornecer o consentimento consciente.”[4]
Contra todas as evidências naturais e científicas, a agenda homossexual quer impor-se por todos os meios, inclusive de um modo ditatorial, através da legislação. Assim, a família se sente ameaçada em sua liberdade de educar os filhos dentro dos princípios cristãos. Por isso, compete aos pais utilizarem os  meios também legais para fazer valer os seus direitos.
Em artigo publicado neste site, o advogado Miguel Nagib explica como propor uma ação para reparação de danos morais se “os pais entenderem que essa prática pedagógica implica algum tipo de dano aos seus filhos ou ao seu direito de dar a eles a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções — direito previsto no artigo 12, IV, da Convenção Americana sobre Direitos Humanos”.[5]

Jurandir Dias
Instituto Plínio Corrêa de Oliveira
_________________________
[4] Idem

Nenhum comentário:

Postar um comentário